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15 de abr. de 2010

Lençol de Seda

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Ainda tenho guardado

o lençol que cobriu nossos corpos

naquela noite...

E sempre que a saudade

invade este coração irreverente

e sem juízo,

envolvo-me na maciez de sua seda

e recordo...

Teu carinho, mais do que carinho,

um pedido.

Teus beijos, mais do que beijos,

uma súplica.

E atendi ao pedido,

cedi às súplicas

e me entreguei!

E fui amada!

-- como nunca o tinha sido antes...

Entreguei-me

e te entregaste.

Dei-me por inteira

e por inteiro te recebi.

O fogo que consumia nossos corpos,

e entorpecia a mente

deixava sobre a pele

o calor abrasante de um dia de verão.

Não eram apenas trocas de carícias;

eram segredos que iam sendo desvendados:

meus e teus...

Não eram apenas corpos se dando,

eram duas almas em perfeita sintonia.

Era o reencontro tão esperado!

Mas ainda não era chegada a hora,

a nossa hora.

E assim, cada um seguiu seu caminho.

O teu, não sei até onde te levou.

O meu, me trouxe aqui,

neste ponto da vida sem sentido,

porque o único sentido da vida,

para mim, só tem um nome

que calo dentro do peito

para que ninguém perceba,

para que ninguém descubra

que és tu, ainda,

a razão de minha existência.

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